Outono inverno 2013: Paris II

A lista dos preferidos de Paris é extensa, então mais um post falando sobre o que houve de melhor na temporada de desfiles outono inverno 2013.


A Balenciaga trouxe seus casacos super bem cortados e de acabamento perfeito, mas inovou um pouco mais e trouxe um novo glamour à coleção. Tem elástico na cintura; kitsch de onças e tigres texturizados; fosco e brilhante e uma humorada mistura de ricas texturas. Os blocos de cores são alegres e a assimetria é interessante. Tecidos mais fluídos e um perfume street invadem a coleção. As calças eram largas no quadril e justas na altura do tornozelo e ao mesmo tempo bem leves e com um ar super 1980! As transparências e cintura marcada marcam presença. Tudo bem moderno e elegante, mas mais street e livre. 

Balmain trouxe uma mulher poderosa e com pitadas de rock'n roll ao mesmo tempo com uma feminilidade marcante. Vestidos curtos e justos; glamourosas fendas; jaqueta de corte reto e ombro marcado; tecidos trabalhados e fazendo referência às joias. Tudo extremamente rico e cheio de glamour: o queridinho veludo super bem cortado; recortes; bordados; cristais; aplicações de pedras; couro; matelassê;  perfume barroco no ponto de cruz. Ufa, a coleção fez os fashionistas delirarem nos sonhos de consumo. As calças, algumas são justas e usadas por dentro da ankle boot; já outras tem a barra dobrada acima do calçado ou são mais longas e amplas, meio que flare. Os conjuntinhos têm seu espaço e as saias lápis são abaixo do joelho. Coleção fabulosa, sem mais! 

Nina Ricci trouxe uma coleção bem reinventada construindo peças jovens e com ar romântico.  Os casacos curtos tem um perfume esportista; as transparências são bem misturadas à tecidos mais fortes; as saias acima do joelho têm recortes laterais; o balonê aparece em alguns vestidos e saias; estampas florais e poás numa fluidez e leveza na mistura dos tecidos. O tweed aparece nos casacos junto à outros materiais riquíssimos como as peles nas golas. A mulher é forte e combina a leveza das produções ao gelo do inverno. 

Bill Gaytten assumiu mais uma coleção da Dior. A coleção da temporada de inverno 2013 foi inspirada no balé e traz bailarinas românticas e doceis, mas junto aos clássicos da marca. A silhueta dos anos 40 e 50 trazem refinadas produções, discretas, leves e em tons pasteis, longe dos shows do tempo de Galliano. O couro traz modernidade; saias plissadas são leves e outras são mais estruturadas em evasê. Um pouco de volume no quadril e transparências e alfaiataria nos casacos bem acinturados. Em minha opinião, foi a melhor coleção assinada por Gaytten, cheia de romantismo, leveza e feminilidade, mas sem o poder de uma mulher da Dior.

Lanvin traz uma moda divertida e de tons fortes e até metalizados com detalhes de rendas, babados, laços e peles. No primeiro momento, silhueta esculpida em cores bem marcantes com peplum e volumes nas golas, com a cintura marcada levemente pela modelagem das peças. Logo chega o preto, trazendo peles, marcando a cintura com cintos e passando uma imagem bem forte. As mangas são bem estruturadas e os casacos marcam a cintura combinados aos cintos ou mesmo pela própria modelagem junto à saias de couro acima do joelho. Os próximos casacos e vestidos trazem volume na região do quadril e são bem armadas. Logo depois, as saias voltam a ficar mais curtas e seguem lápis. O glamour fica por conta das aplicações de pedras e dos metalizados dourados sob as peças pretas. O ônix ganha destaque nos poucos conjuntinhos e logo depois em alguns vestidos. A pedras e drapeados trazem ainda mais sofisticação e um pouco de exagero; as cores misturam-se a peles trazem mais humor aos looks mais cheios de cor. No fim, rendas, cintos de boca, os constantes maxicolares luxuosos da coleção inteira, os volumes, as peles e os pequenos olhinhos trazem a moda elegante, feminina e bem humorada da Lanvin nos dez anos de Alber Elbaz.

Do post de hoje, saudemos o veludo, as fendas, os maxicolares e as aplicações de pedraria. 
Qual vocês mais gostaram?